Profissões como caixa de supermercado, atendentes de telemarketing,
domésticas, faxineiras, copeiras, são alternativas existentes no mercado de
trabalho para grande parte das mulheres. Mesmo com outros postos de trabalho
disponíveis, “muitas prostitutas indicam a venda do sexo como uma atividade
mais lucrativa e até menos desagradável” (1).
A exaustiva e precarizada jornada de trabalho das profissões
disponíveis, aliada à possibilidade de conquistar maior renda no exercício da
prostituição, faz com que muitas prefiram fazer sexo em troca de dinheiro a trabalhar como doméstica
ou caixista de supermercado em troca de quantia muito menor.
Trabalhadoras
domésticas, por exemplo, colocam seu tempo, seu corpo e sua saúde à disposição
de outras pessoas e estão submetidas a condições precárias de trabalho,
preconceito e exploração. Para elas também não há “escolha livre”, sua condição
é pré-determinada pela realidade econômica e contexto social em que vivem. A
grande questão é que a prostituição envolve sexo e, na vivência da sexualidade,
as mulheres são historicamente oprimidas pelos homens. Contudo, essa realidade,
infelizmente, não é uma exclusividade do sexo vendido. Nas palavras de uma
prostituta:
Pior: quando você casa com um homem, aí sim ele se acha seu dono. O que
eu faço aqui na rua não é nadinha diferente daquilo que fazia em casa, quando
era casada. Ou você acha que É contraditório continuarmos
militando no campo do ideal. Até que as mulheres tenham autonomia econômica e
sexual, a situação da prostituição no país não pode continuar nessa penumbra:
legalmente reconhecida como trabalho pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
porém não regulamentada. Quem perde são as prostitutas. Quem perde são as
mulheres.
É
contraditório continuarmos militando no campo do ideal. Até que as mulheres
tenham autonomia econômica e sexual, a situação da prostituição no país não
pode continuar nessa penumbra: legalmente reconhecida como trabalho pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, porém não regulamentada. Quem perde são as prostitutas.
Quem perde são as mulheres.
Marcos Adriano
OK! gostei de tua postagem, mas não esqueça que deve haver a tua opinião, e você copiou duas vezes a mesma coisa.
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